sábado, 17 de novembro de 2007

Nito

Nito



Adelino Rocha Vieira (Nito), cumpriu todo o seu percurso de formação na Associação Desportiva de Ponte da Barca, o clube da sua terra natal, onde se estreou como sénior decorria a temporada 1986/1987.

Na temporada 1987/1988 foi contratado para jogar no Sporting de Espinho por indicação de Quinito, passando directamente da III para a I Divisão.

Nos Tigres da Costa Verde cumpriu 3 temporadas em bom nível, apesar de na última dessas temporadas o Espinho ter baixado à II Divisão, factor que precipitou a sua saída do clube.


Nito chegou ao Belenenses na época 1990/1991 com o objectivo de competir pela lateral-esquerda com Zé Mário, um dos melhores defesas-esquerdos que passou pelo Belenenses e pelo futebol português.
Nesse seu primeiro ano no Restelo, logo se afirmou como opção credível e foi quase sempre aposta dos três treinadores que orientaram um Belenenses a viver um período de grande instabilidade directivo-financeira, que se traduziu numa das piores épocas desportivas de sempre da sua história.

Moisés de Andrade, Henri Depireux, e António Lopes não foram capazes de salvar o Belenenses da descida de Divisão, mesmo contando com jogadores de inegável categoria como Mihaylov, Zé António, Baidek, Zé Mário, Juanico, Chalana, entre outros.

Na temporada seguinte (1991/1992), com o Belenenses a disputar a II Divisão de Honra, e já sem Zé Mário no plantel, Nito franziu o sobreolho e resolveu ir à luta.
Abel Braga concedeu-lhe a oportunidade, impôs-se como o lateral-esquerdo titular, e foi um jogador nuclear na concretização da subida de Divisão, efectuando uma época de grande nível.

De regresso à I Divisão, foi novamente um dos jogadores em destaque num Belenenses que chegou a revelar-se fantástico, mas que terminou num 7º lugar que acabou por ser frustrante. Nito foi totalista nessa época de 1992/1993.


Em 1993/1994, voltou a demonstrar ser um jogador regular e que raramente padecia de lesões, pois efectuou 33 jogos de rendimento superior.

Na época 1994/1995 a sua sorte começou a mudar, já que não foi tão utilizado como nas épocas anteriores, acabando por dividir a titularidade com Álvaro Gregório.

No Verão que antecedeu a temporada 1995/1996 o Belenenses reforçou-se muito e bem.
João Alves operou uma autêntica revolução no plantel, escolheu Fernando Mendes para desempenhar as funções de lateral-esquerdo, relegando assim Nito para segunda opção.
Nito nunca gostou de ser suplente e acabou por ser cedido ao Tirsense no Mercado de Inverno, não mais voltando a envergar ao peito a Cruz de Cristo.

De Nito certamente que os adeptos do Belenenses guardam boas recordações, quem o viu jogar não esquece facilmente o seu característico esgar facial (consequência infeliz de um acidente), a sua cabeleira loira, nem tão pouco a garra que apresentava a defender, ou a determinação com que investia pelo flanco esquerdo no sentido de cruzar de forma perigosa para a área adversária.


Dados pessoais e histórico do jogador retirados de zerozero.pt